Esforço | 2011

Ano: 2011
Última apresentação: 2013
Número de apresentações: 7
Locais: Chicago e Nova Iorque, EUA | Curitiba e Itajaí, Brazil
Duração: 1 hora a t1:30m

Ano: 2011
Última apresentação: 2013
Número de apresentações: 7
Locais: Chicago e Nova Iorque, EUA | Curitiba e Itajaí, Brazil
Duração: 1 hora a t1:30m

  • Descrição

  • Sobre a Performance

No espaço há uma cadeira, um rolo de elástico, um balde com guizos, agulhas, uma tesoura. Sobre a cadeira, há o Capacete para uma Mesma Visão. Há um projetor e som conectado a um computador. Pego o capacete, coloco na minha cabeça e o ligo. O som e a visão do capacete são transmitidos por meio de um smartphone, via wifi, para a internet, posteriormente sendo projetados no espaço, compartilhando minha visão. Minha visão fora do capacete é mediada pelo smartphone. Sento na cadeira, pego o rolo de elástico, corto um pedaço e amarro-o a uma parte do meu corpo. Pego a outra ponta do elástico e passo numa agulha. Com o elástico na agulha, começo a fixar guizos nele e a envolver no meu corpo. Amarro o elástico e volto a pegar um novo pedaço para amarrar em outra parte do meu corpo. Quando não consigo mais ter a visão para passar o elástico na agulha, levanto-me e peço ajuda a alguém do público para fazer isso. Essa ação se repete por mais ou menos 1 hora, fixando os elásticos com guizos ao meu corpo. Num dado momento, começo a me enrolar com o elástico, prendendo o balde de guizos ao meu corpo. Levanto-me, direciono-me a outro espaço ou sala na qual está um cavalete com lixas de ferro. Nas lixas começo a arrebentar os elásticos, a partir da fricção de meu corpo, fazendo com que os guizos e elásticos caiam ao chão. Quando me solto de todos os elásticos, tiro o capacete, finalizando a performance.

Criei esta performance a partir do convite da artista Michelle Moura para apresentar um trabalho relacionado a som. Nele, há dois sentidos relacionados: o compartilhamento do som captado pelo Capacete para uma Mesma Visão e o som de minhas ações, ampliado pela fixação dos guizos ao meu corpo. O Capacete para uma Mesma Visão é um objeto que criei pensando em como incluir a transmissão via internet dentro da performance, como parte dela. Assim como minha visão é mediada por um smartphone, consigo compartilhar o que vejo e meus sons por meio da rede, podendo ser visualizado no site e com projetor e caixas de sons no local. Por conta dessa mediação e conforme a velocidade de conexão, o capacete ora produz eco ora um reverb Contínuo. Durante a performance, perco aos poucos a definição de minha visão, por causa ao calor interno do capacete. O trabalho se direciona para uma relação de mais tato no agir. Aqui, a relação entre poder-agir e saber-agir, constante em trabalhos anteriores, retorna, assim como a dificuldade de agir conforme o desenvolvimento da própria ação.

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Foto de Fernando Ribeiro

Fernando Ribeiro

Artista da performance e curador, vive e trabalha em Curitiba, Brasil. Ribeiro se destaca como um dos principais artistas da performance do Sul do país. Sua trajetória conta com mais de 17 anos dedicados a performance art, tendo participado de diversos eventos nacionais e internacionais. Também atua como curador de performance na p.ARTE e Bienal de Curitiba.