Ano: 2015
Local: p.ARTE #25 – Curitiba, Brasil
Duração: 2 horas
Descrição
Sobre
Começo a performance chegando ao espaço portando uma mochila cheia nas costas. Coloca-a no chão e começo a tirar os materiais aos poucos. Primeiro tiro duas rodas de madeira (imbuia) com um furo no meio, depois um pedaço de couro vermelho, uma régua, cordas de borracha, um lápis, um grampeador. Começo a prender as rodas de madeira nos meus pés amarrando com a corda de borracha. Depois grampeio o couro vermelho na madeira, em volta de seus pés. Com uma régua faço marcações sobre o couro e depois tiro uma furadeira da mochila e uma broca para parede grande e faço furos na madeira. Após mais ou menos 1 hora tentando furar a madeira, tiro rodas grandes e as fixo nos meus pés utilizando parafusos. São 3 rodas por pé e utiliizo somente 1 parafuso para fixar na madeira. Faço essa última ação sentado em um pequeno banco. As rodas em meus pés ficam soltas, girando e, assim, tento ficar em pé sobre as rodas. Após diversas tentativas, a performance acaba quando uma pessoa do público me ajuda a ficar em pé.
Essa performance é sobre a sabedoria prática, o conhecimento prático, ou seja, o que sabemos e o que não sabemos fazer. Também é sobre a gambiarra, ou seja, o que não sabemos fazer mas inventamos um modo de fazer. Ou, conforme uma pessoa do público presente à ação: a performance é sobre como fazer tudo errado. O objetivo é muito simples: criar algo como um patins, mas o processo de criação e realização é totalmente caótico.