Dia-a-dia
um diário da performance Distentio Anime no espaço Goethe na Vila.

Cada Vez Mais Perto | Dias 4

Como já falei anteriormente, a performance art tem todo um jogo com o acaso. O artista tem que estar preparado para isso. No caso de uma performance duracional, claro que o acaso se alonga, modifica e se renova.
Neste quarto dia de performance quase não produzi tijolos. Foram somente 21. Isso porque preciso modificar o modo de limpeza dos baldes, algo que foi acertado com a produção da exposição. E, como para isso era necessário comprar outros materiais, o dia foi de não fazer tijolos.
Neste quarto dia quem me acompanhou foi o Eduardo, do educativo. Estou gostando dessa companhia e ajuda. Já desde o início ofereci o outro macacão e mãos-à-obra. Ele só não conseguiu fazer tijolos, mas isso pode ficar para a semana que vem. Mas estou gostando dessa estória de envolver o pessoal do educativo nas ações e trabalhos da performance. Sempre deixo-os a vontade se quiserem participar ou não, mas até o momento todos estavam super afim de colocar a mão na massa (ou nos tijolos).
Deste modo, não tendo tijolos a produzir, trabalhamos no carregamento de tijolos para o corredor e também em levantar paredes do labirinto. Eduardo, inclusive, construiu e reconstruiu muitas paredes. O que me parece ter sido um excelente exercício em relação a expectativa. 
Além dos trabalhos, também houve diversas visitas, pessoas que chegavam para ver a exposição em si, que ficavam, conversavam, tomavam um café. É interessante como cada dia muda o espaço e a dinâmica conforme o que acontece durante o dia.

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Foto de Fernando Ribeiro

Fernando Ribeiro

Artista da performance e curador, vive e trabalha em Curitiba, Brasil. Ribeiro se destaca como um dos principais artistas da performance do Sul do país. Sua trajetória conta com mais de 17 anos dedicados a performance art, tendo participado de diversos eventos nacionais e internacionais. Também atua como curador de performance na p.ARTE e Bienal de Curitiba.