Cada Vez Mais Perto | Dias 4
Como já falei anteriormente, a performance art tem todo um jogo com o acaso. O artista tem que estar preparado para isso. No caso de uma performance duracional, claro que o acaso se alonga, modifica e se renova.
Neste quarto dia de performance quase não produzi tijolos. Foram somente 21. Isso porque preciso modificar o modo de limpeza dos baldes, algo que foi acertado com a produção da exposição. E, como para isso era necessário comprar outros materiais, o dia foi de não fazer tijolos.
Neste quarto dia quem me acompanhou foi o Eduardo, do educativo. Estou gostando dessa companhia e ajuda. Já desde o início ofereci o outro macacão e mãos-à-obra. Ele só não conseguiu fazer tijolos, mas isso pode ficar para a semana que vem. Mas estou gostando dessa estória de envolver o pessoal do educativo nas ações e trabalhos da performance. Sempre deixo-os a vontade se quiserem participar ou não, mas até o momento todos estavam super afim de colocar a mão na massa (ou nos tijolos).
Deste modo, não tendo tijolos a produzir, trabalhamos no carregamento de tijolos para o corredor e também em levantar paredes do labirinto. Eduardo, inclusive, construiu e reconstruiu muitas paredes. O que me parece ter sido um excelente exercício em relação a expectativa.
Além dos trabalhos, também houve diversas visitas, pessoas que chegavam para ver a exposição em si, que ficavam, conversavam, tomavam um café. É interessante como cada dia muda o espaço e a dinâmica conforme o que acontece durante o dia.