Quando terminei a performance na sexta-feira (dia 8 da performance) pensei que não tinha muito o que relatar. No mínimo iria escrever um texto curto e simples ou falar sobre ter ultrapassado a marca de 1.000 tijolos – que foi o grande fato do dia. Mas a verdade é que eu já estava muito cansado.
Foi uma semana intensa, acordando bem cedo, indo dormir tarde (um péssimo costume) e, claro, produzindo tijolos. Meu corpo já está mais acostumado com o trabalho mais pesado, com o ficar sentado, com o levantar e abaixar, carregar tijolos para cima e para baixo, limpar baldes etc. As dores musculares que sentia nos primeiros dias nem apareceram mais, às vezes uma ou outra dor aparece mas passa rapidamente. Minha preocupação ainda continua com a coluna, se ela está bem, se não estou a forçando demais. Nisso, sinto falta da minha natação, que seria o momento de alongar.
Mas o fato é: cheguei em casa muito cansado para escrever e preferi ir descansar. E assim, logo mais começou o sábado, nono dia de performance.
O sábado acabou passando bem rápido, mais do que esperava. O cansaço da semana ainda pegava, mas consegui me manter no padrão de produção de tijolos. Além da produção, também comecei a pensar no desenvolvimento do labirinto. Aos poucos os tijolos estão povoando a casa, pequenos montes se espalhando pelo espaço.
Tenho mais 2 semanas de performance e está na hora do labirinto começar a ganhar mais corpo. Ainda estou pensando em como vou fazer isso sem que eu perca a produtividade dos tijolos. Provavelmente eu trabalhe a parte diária na produção dos tijolos e a parte noturna na construção do labirinto. E bem, para agilizar isso eu já emprestei um carrinho de mão da obra.
Ah sim. O sábado foi de muitas visitas também. Além do pessoal das visitas guiadas também recebi pessoas que vieram me ver. Sempre é tão bom. E aquela coisa, ficam, tomam café, curtem um pouco aquele espaço, que sempre é muito bom de ficar.