Ano: 2002
Última apresentação: 2003
Quantidade de apresentações: 2
Locais: Curitiba e MIP Belo Horizonte, Brasil.
Duração: 30 minutos a 1 hora
Descrição
Sobre a Performance
Começo pintando uma tela, utilizando tinta acrílica. O processo e o tempo são os da pintura, da ação de pintar. Faço uma pintura abstrata, carregada de tinta, trabalho com diversas cores. Pinto somente com um pincel e misturo as cores na tela. Após terminar a pintura, saio para uma sala ao lado. Volto nu, correndo, e jogo-me com força contra a pintura. Logo após, jogo-me contra outra parede, do outro lado da sala, transferindo a pintura com o meu corpo. Jogo-me contra a pintura e a outra parede até quando meu corpo aguentar. Após não conseguir me jogar mais, saio da sala, finalizando a performance.
Inicialmente, esta performance foi criada como videoperformance, com uma câmera de vídeo fixa registrando toda a ação. A convite do festival MIP – Manifestação Internacional de Performance -, em 2003, apresentei o trabalho ao vivo.
A performance partiu do trabalho que estava desenvolvendo em pintura na época, uma mescla de pintura e monotipia. Refletindo os traços autobiográficos naqueles trabalhos, cheguei à conclusão que eram as ações de pintar e fazer a monotipia. Assim, busquei ampliar essa ação para além da pintura e monotipia, tornando a ação em si o principal motor do trabalho. Desse modo, da pintura e monotipia entre telas, passei para a pintura em uma grande tela na parede, expandindo a monotipia por meio do meu corpo para a grande sala. O meu corpo, assumindo o status do corpo próprio, faz a monotipia ao extrair a tinta da tela pintada e imprimir em outra parede.