Year: 2015
Number of presentations: 1
Venues: TERRA COMUNAL – Marina Abramovic + MAI, Sesc Pompéia – São Paulo, Brazil
Length: 2 months, 6 days by week, 8 hours by day. Total: 414 hours.
Description
About
For 2 months, 8 hours by day and 6 days by a week, I lived and walked by all spaces on Sesc Pompeia. In the performance I was quiet and didn't speak, I just wrote in my typewriter. I walked and choose a place to sit down and write. I wrote about my feelings, my impressions, my thought, what happened in the exhibition, the other artists and work etc. There were 414 hours of performance and I wrote 1,388 pages. These pages are a register of my experience and they are the register of the exhibition too.
Enquanto O Datilógrafo, de 2010, era um trabalho mais experimental, este que apresentei a convite da Marina Abramovic foi um trabalho mais maduro. Nele acabei explorando a relação entre ausência e presença. Como datilografava em diversos espaços do Sesc Pompéia, estava sempre em movimento e muitas vezes não era visto. Contudo, devido o tempo da performance – e também o barulho da máquina ao escrever – havia uma forte presença. Como eu não falava, a relação com o público foi criada a partir de olhares, sinais e, principalmente, os textos que eu escrevia. A escrita/leitura tornou-se essencial na relação com público. Com o longo tempo da performance, os textos ora eram descritivos, ora narrativos, ora documentais e ora beiravam a literatura. Devido a intensa vivência, acabei renomeando espaços, apelidando pessoas – e assim criando personagens – que todos os dias se encontravam lá. Considero esse trabalho como parte da minha Trilogia do Tempo – inspirada na Aporia do Tempo de Santo Agostinho– focada na atenção ao presente.
Video